segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Helena Afonso fala do pai

Cansado da sociedade colonial (Moçambique), José Afonso regressa a Portugal, sempre debaixo da atenção da polícia do regime. Contudo, essa circunstância não o impedia de continuar a conviver de perto com pessoas na clandestinidade, artistas e intelectuais de esquerda. «A minha casa parecia uma estação. Toda a gente passava por lá», salientou Helena Afonso, considerando ainda que, para além da música, o legado do pai foi a sua intervenção política e social. «Ele costumava dizer que Portugal era um país de cobardes», disse. (...)

Mesmo após o 25 de Abril, do qual se tornou símbolo a sua “Grândola Vila Morena", Helena Afonso destaca o facto do pai «nunca se ter aproveitado da sua popularidade», optando por se dedicar a escrever e a cantar a favor de causas sociais. «Ele tinha horror ao vedetismo», garante a filha, acrescentando que «hoje, Zeca Afonso seria uma pessoa deslocada».

Fim de citação!

Daqui

Zeca dizia que Portugal era um país de cobardes, os tais eunucos da sociedade que se devoram a si mesmos. Pode este governo tirar todos os direitos e regalias ao povo que a maioria não tuge nem muge. Ainda há uns que vão lutando, mas essa é a exceção que confirma a regra!

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