Estão livres de perigo os homens ocupados
Fora de tromboses e astenias
Assente nas ombreiras
Dos homens da rua
A cidade flutua
Mas há quem padeça ao vivo
De azia papéis selados
Bilhetes de lotaria
Bombons de todos os dias
Estão livres de perigo os homens fáceis
De gestos livres conta-corrente chaveiro
Gambrinos se houver dinheiro
Ó Portugal do meu lado
Para onde vais embarcado?
Poema escrito na prisão de Caxias
José Afonso - Textos e Canções
Assírio E Alvim
Abril de 1983
("Bombons de todos os dias" cantado pelo sobrinho João Afonso)
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