"A situação em Angola era de guerra. A colagem de cartazes era feita a tiro. Fomos visados pela FNLA como agentes portugueses que iam desvirtuar o processo angolano. Partimos para Piri no norte de Angola (Província de Bengo). Militantes e guerrilheiros do MPLA levaram-nos de automóvel. Quando chegámos não havia ninguém nas ruas da povoação; guerrilheiros do MPLA mantinham-se em posição de combate com metralhadoras montadas na rua (...). Cantámos com o Rui Mingas. Voltámos a Luanda e o ambiente do hotel era insuportável. A FNLA fazia-nos provocações permanentes e ameaças à porta do nosso quarto..." (Fausto in Zeca Afonso - "Livra-te do medo" de José A. Salvador)
Zeca:
“O medo foi sempre um sentimento que conviveu comigo. O medo a que se sobrepunha uma sensação de angústia, género «Como é que me vou comportar em tal ou tal situação?». Pouco depois dos acordos do Alvor fiz uma digressão com o Fausto, em Angola, e vivemos situações difíceis. Também aí tive medo várias vezes. (…) Tudo começou numa conferência de imprensa em que eu defendi o MPLA contra os outros movimentos. A partir daí as provocações acompanharam-nos por todo o lado. Tipos da UNITA, da PIDE, que ainda por lá andavam, da FNLA, etc. Foram uns bons cagaços. (…) O medo é uma coisa substancial em mim. “
Entrevista a José Amaro Dionísio.
Zeca:
“O medo foi sempre um sentimento que conviveu comigo. O medo a que se sobrepunha uma sensação de angústia, género «Como é que me vou comportar em tal ou tal situação?». Pouco depois dos acordos do Alvor fiz uma digressão com o Fausto, em Angola, e vivemos situações difíceis. Também aí tive medo várias vezes. (…) Tudo começou numa conferência de imprensa em que eu defendi o MPLA contra os outros movimentos. A partir daí as provocações acompanharam-nos por todo o lado. Tipos da UNITA, da PIDE, que ainda por lá andavam, da FNLA, etc. Foram uns bons cagaços. (…) O medo é uma coisa substancial em mim. “
Entrevista a José Amaro Dionísio.
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