Concerto de 30 de Maio de 1982.
Sobre este espectáculo — um dos preferidos de José Afonso para muitos dos que assistiram e também para o próprio — há pormenores que gostaria de acrescentar, isto se não maçar demasiado: os músicos entraram em palco, naquele lugar mágico testemunha de belíssimas performances teatrais e musicais, em noite fria e já para o tarde. Tinha havido uma primeira parte. José Afonso queixa-se do frio e fecha as abas do casaco. De imediato surge um boné que se acomoda na sua cabeça e lá se manteve até o ambiente aquecer de tal maneira que as abas do casaco se abriram e o chapéu voou dali. A noite ficou quente e acolhedora graças à voz única de José Afonso e de sua música, e aos sons soberbos praticados pelos seus amigos Júlio Pereira, Sérgio Mestre e Janita Salomé. Claro que a nossa participação e a tal magia que os claustros emanavam também ajudaram. Inesquecível.
Ah, sim, é verdade, o Zeca também tocou reco-reco e adufe, como documentam as imagens.
Fotografias (inéditas) de Maurício Abreu.
Concerto de 30 de Maio de 1982.
Claustros do Convento de Jesus/Setúbal.
Organização: Projecto Setúbal Verde.
www.blogoperatorio.blogspot.pt
José Teófilo Duarte
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
terça-feira, 27 de agosto de 2019
1º de maio de 1974 - Setúbal
Viriato Soromenho Marques, então estudante liceal, recorda:
“O 1.º de Maio foi uma coisa muito unitária, muito fraterna. Havia uma grande explosão de alegria nas pessoas. Aqui em Setúbal nunca tinha visto tanta gente. (...) À noite, no pavilhão do Clube Naval Setubalense realizou-se um comício de apoio ao Movimento das Forças Armadas, com grande número de oradores: Jorge Luz, Carlos Lopes, Teodósio, Carlos Nascimento, Abílio Ferreira, Valdemar de Sá, Adriana Espanca, Fernando Rodrigues e José Afonso.
A última intervenção coube a José Afonso que fez um apelo à unidade e à mobilização popular:
“É fundamental que nos voltemos a reunir para tratarmos de problemas. A partir de hoje é necessário que se repitam estas reuniões. O perigo do fascismo ainda não acabou e temos como exemplo o Chile. A partir de hoje é necessário unirmo-nos para derrubar os últimos núcleos da resistência fascista. Temos de passar da fase do coração para a fase da cabeça e da ação” (1)
O comício realizado no 1º de Maio terminou com vivas ao MFA e a Portugal e todos a entoarem a Grândola Vila Morena
(1) - O Setubalense 3 de maio de 1974
daqui:
https://research.unl.pt/ws/portalfiles/portal/3699109/Setubal_cidadeVermelha_LILIA_final.pdf
fotos: José Afonso nesse comício
“O 1.º de Maio foi uma coisa muito unitária, muito fraterna. Havia uma grande explosão de alegria nas pessoas. Aqui em Setúbal nunca tinha visto tanta gente. (...) À noite, no pavilhão do Clube Naval Setubalense realizou-se um comício de apoio ao Movimento das Forças Armadas, com grande número de oradores: Jorge Luz, Carlos Lopes, Teodósio, Carlos Nascimento, Abílio Ferreira, Valdemar de Sá, Adriana Espanca, Fernando Rodrigues e José Afonso.
A última intervenção coube a José Afonso que fez um apelo à unidade e à mobilização popular:
“É fundamental que nos voltemos a reunir para tratarmos de problemas. A partir de hoje é necessário que se repitam estas reuniões. O perigo do fascismo ainda não acabou e temos como exemplo o Chile. A partir de hoje é necessário unirmo-nos para derrubar os últimos núcleos da resistência fascista. Temos de passar da fase do coração para a fase da cabeça e da ação” (1)
O comício realizado no 1º de Maio terminou com vivas ao MFA e a Portugal e todos a entoarem a Grândola Vila Morena
(1) - O Setubalense 3 de maio de 1974
daqui:
https://research.unl.pt/ws/portalfiles/portal/3699109/Setubal_cidadeVermelha_LILIA_final.pdf
fotos: José Afonso nesse comício
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
domingo, 11 de agosto de 2019
Orfeu - Contrato
Arnaldo Trindade
"A editora (Orfeu) contratou José Afonso e Adriano Correia de Oliveira para “terem uma possibilidade de vida e para viverem. Portanto, fiz-lhes um contrato para estabelecer-lhes um mínimo de vida. Era um contrato que os obrigava a fazerem um disco por ano e a descobrirem novos valores"
Imagens: um dos contratos que a Orfeu fez com Zeca Afonso, e Arnaldo com um dos discos autografados pelo Zeca.
"A editora (Orfeu) contratou José Afonso e Adriano Correia de Oliveira para “terem uma possibilidade de vida e para viverem. Portanto, fiz-lhes um contrato para estabelecer-lhes um mínimo de vida. Era um contrato que os obrigava a fazerem um disco por ano e a descobrirem novos valores"
Imagens: um dos contratos que a Orfeu fez com Zeca Afonso, e Arnaldo com um dos discos autografados pelo Zeca.
Subscrever:
Mensagens (Atom)