segunda-feira, 29 de março de 2021

Eu Dizia

Letra da canção "Eu dizia", de José Afonso

Descrição:

Letra da canção "Eu dizia", usada nas gravações do álbum "Como se fora seu filho" de José Afonso (1983). José Mário Branco foi responsável pelos arranjos e direcção musical desse álbum.

Que significavam aquelas palavras, o que estaria ali que levasse Zeca Afonso a escrever sobre "o quanto madura me animavas seguindo a noite (...) sem luzes, em vitória, na mesma rota, de tanto compatriota, entre o sol e a lua, sereníssima, rodavas em silêncio, noite fora... "

O tema era dedicada a Zélia que conduzia, (embora Zeca tivesse carta nunca conduziu). entre o sol e a lua, rodando em silêncio noite fora...

Dou a palavra a José Mário Branco:

«A canção "Eu Dizia" foi tocada por mim ao piano e pelo Pedro Wallenstein em contrabaixo. É um poema que o Zeca dedicou à Zélia quando ia a atravessar Espanha e, se não me engano, é a última coisa que ele cantou em estúdio. Aliás já é um bocado impressionante, porque o texto tem que ver com isso. Sente-se que já lhe falta força, mesmo que ainda bem cantado como está.»

José Mário Branco sobre a canção de "Como Se Fora Seu Filho" (1983), in "Os Melhores Álbuns da Música Popular Portuguesa (1960-1997)"", edição Público/Fnac, 1998.

sábado, 27 de março de 2021

Batonga

Texto de Xoán Manuel Estévez, na revista 'Batonga' (1999/2007) em janeiro de 2003.

José Afonso, el alma de Portugal

"Enigmático, escéptico, despistado… Creador con denominación de origen, este sencillo portugués encarnó, en vida, la simbiosis equilibrada de un dilema eterno: el arte por el arte y el arte por la idea. (...)

ARTISTA CÍVICO

Es opinión común entre quienes trataron en vida a José Afonso su desinterés dialéctico por la propia actividad artística que desarrollaba. En sus encuentros con otros colegas, el artista era más dado a hablar de cualquier otro tema que no del estrictamente musical. (...) El propio artista se refiere en reiteradas ocasiones a esta actitud vital: “Soy una decepción para los músicos”. Incluso recurre a una especie de desdoblamiento para diseccionar su rol artístico como cantor, por una parte, y su faceta cívica como persona, por la otra: “Una cosa es mi actividad musical, la función lúdica de la música; otra cosa es el hombre político que soy. Ahora, cómo armonizan las dos cosas aún lo estoy por saber”. (...)

ARTESANO DE LA CANCIÓN

Sorprenderá siempre a quien conozca la obra de José Afonso el tratamiento, a menudo exquisito, con que cuidó sus grabaciones, en contraste con ese aparente desinterés por su actividad artística. Se trasladó fuera de su Portugal vivencial cuando la ocasión requirió ir a estudios de Madrid, París o Londres. Claro que la desmitificación de su oficio encuentra el razonamiento del propio artista, cuando declara al autor del libro: “Hago música como quien hace un par de zapatos. Sólo intento alinear sonidos y volverlos coherentes entre sí como quien hace un utensilio”. A oídos del aficionado, resalta en su amplio repertorio la variedad tímbrica y de contenidos musicales con que enriquece buena parte de sus canciones. Aunque para el propio Zeca no parece tan importante: “Lo que nosotros hacemos es siempre una cosa muy periclitante: meter en tres minutos una canción y conseguir un efecto único”.

O texto é extenso. Para quem o quiser ler na totalidade, é só aceder ao sítio da AJA no link abaixo.

http://www.aja.pt/jose-afonso-el-alma-de-portugal/

sexta-feira, 26 de março de 2021

Zeca Afonso solidário

1985 - Há fome em Portugal

"D. Manuel Martins, o bispo de Setúbal (conhecido como o "Bispo Vermelho"), clamava contra a fome. Não em reuniões na Aula Magna, televisionadas, mas entre os pobres nos bairros degradados. Fechavam as empresas e os desempregados eram aos milhares." (1)

"Em 19 de Janeiro de 1985, surgia a confirmação de que o crédito ao sector público tinha ultrapassado o negociado com o FMI para 1984 e, pior, que o país não conseguira controlar a inflação (que chegara aos 30% quando deveria ter ficado pelos 24%). Locais existiam, como o distrito de Setúbal, onde os salários deixaram de ser pagos." (2)

(1) - https://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/685806.html
(2) - https://observador.pt/.../maria-filomena-monica-e-a.../

O 'Pasquim' resolve contactar artistas portugueses para a edição de um disco cujos direitos de autor reverteriam para gente carenciada em Setúbal.

Zeca Afonso e António Vitorino de Almeida aderiram à iniciativa (lembrar que Zeca em 1985 já estava muito enfermo, mas sempre solidário).

Mas o disco não passou disso, de boas intenções e de boas intenções...

quinta-feira, 25 de março de 2021

Zeca Afonso numa revista de boas vibrações

VIBRACIONES Nº 9: LOS PIRATAS DEL ROCK. FRIPP ENO. JOSE AFONSO. BRUCE BAND. RAY CHARLES. URIAH HEEP

junho de 1975

quarta-feira, 24 de março de 2021

Livro 'Cantares de José Afonso' - reedição moçambicana

Em pesquisa tinha-me aparecido uma capa de um livro que dizia só 'Cantares de José Afonso' e nada mais.

Contactadas várias pessoas amigas, não se fez luz no que seria aquela capa. E a capa ficou a 'hibernar'.

Novas pesquisas fiz até que ontem encontrei a que livro pertencia a capa, o ano e em conversa com o amigo AP Braga sobre sigla, A. A. M. que está no livro, o AP teve a brilhante ideia de associar com uma possível associação de estudantes moçambicanos. E estava encontrado o busílis da questão, pois agregado a este livro no site onde se encontrava, estava um jornal de Moçambique onde diz textualmente "Perseguição ao livro em Moçambique" e por baixo em vermelho 'Associação Académica de Moçambique' ou seja A.A.M.

Este livro é todo ele cópia da edição do '"Cantares de José Afonso" de 1967, Edição SCIP - AA EE de Lisboa, onde na capa está a foto de um estivador moçambicano, foto de Ricardo Rangel e neste a capa é um pormenor de uma pintura do pintor moçambicano Malangatana.

As imagens estão pela seguinte ordem

1) Livro "Cantares" de José Afonso. Edição SCIP - AA EE de Lisboa. 1ª edição - Edição SCIP - AAEE de Lisboa / A.E.I.S.T. - 1967 - Reimpresso pela S.I.P.E. - AAM em 1969
2) Comunicado da Direção Geral da A.A.M. de junho de 1971. Frente e verso
3) Jornal "O diálogo" junho de 1971, Nº 13 com artigo "A perseguição ao livro em Moçambique", também acerca do livro " Cantares".
4) Pormenores do livro

segunda-feira, 22 de março de 2021

Festa do Avante - 1981

Sabemos por fotos e depoimentos que a única vez que Zeca atuou em palco foi em 1980. E tudo apontava que realmente o PCP só o tinha convidado essa única vez. Mas não, Zeca foi convidado também em 1981, conforme consta no programa da Festa.

A sua atuação estava marcada para domingo, dia 6, no palco 1, pelas 16:45 (à mesma hora, iria atuar no 'Palco da Juventude' o Adriano Correia de Oliveira).

Só que devido a um problema vocal, Zeca esteve em palco mas não atuou segundo depoimento de Rodrigo Henriques que estava nos bastidores.

"O Zeca e o grupo que o acompanhava na altura estiveram no palco, tentou uns ensaios nos bastidores, mas desistiu. Foi ao palco recebendo uma gigantesca ovação, esteve no palco algum tempo. Falou, desculpou-se mas não cantou, porque estava com problemas de garganta. Penso que o grupo cantou parte das suas canções. O Zeca veio para os bastidores."

(as fotos que constam no programa, são da atuação do Zeca em 1980)

sexta-feira, 12 de março de 2021

Letra da canção 'Benditos' de José Afonso

Descrição:

Documento com a letra e cifras da canção "Benditos", usada na gravação do álbum "Galinhas do mato" de José Afonso (1985).

José Mário Branco foi o responsável pelos arranjos e direcção musical desse álbum.

sábado, 6 de março de 2021

Concerto de José Afonso, no Oeiras-Cine - 1982

Em 1982, a Biblioteca Operária Oeirense apresentou um concerto de José Afonso, no então Oeiras-Cine, hoje auditório Eunice Muñoz. Casa cheia. Acompanharam José Afonso, Júlio Pereira, Janita Salomé e Sérgio Mestre.