Em pesquisa tinha-me aparecido uma capa de um livro que dizia só 'Cantares de José Afonso' e nada mais.
Contactadas várias pessoas amigas, não se fez luz no que seria aquela capa. E a capa ficou a 'hibernar'.
Novas pesquisas fiz até que ontem encontrei a que livro pertencia a capa, o ano e em conversa com o amigo AP Braga sobre sigla, A. A. M. que está no livro, o AP teve a brilhante ideia de associar com uma possível associação de estudantes moçambicanos. E estava encontrado o busílis da questão, pois agregado a este livro no site onde se encontrava, estava um jornal de Moçambique onde diz textualmente "Perseguição ao livro em Moçambique" e por baixo em vermelho 'Associação Académica de Moçambique' ou seja A.A.M.
Este livro é todo ele cópia da edição do '"Cantares de José Afonso" de 1967, Edição SCIP - AA EE de Lisboa, onde na capa está a foto de um estivador moçambicano, foto de Ricardo Rangel e neste a capa é um pormenor de uma pintura do pintor moçambicano Malangatana.
As imagens estão pela seguinte ordem
1) Livro "Cantares" de José Afonso. Edição SCIP - AA EE de Lisboa. 1ª edição - Edição SCIP - AAEE de Lisboa / A.E.I.S.T. - 1967 - Reimpresso pela S.I.P.E. - AAM em 1969
2) Comunicado da Direção Geral da A.A.M. de junho de 1971. Frente e verso
3) Jornal "O diálogo" junho de 1971, Nº 13 com artigo "A perseguição ao livro em Moçambique", também acerca do livro " Cantares".
4) Pormenores do livro
Estimado Senhor Mário Lima, bom dia. Poderá informar-me se a edição de Cantares de 1969 contém no interior o texto que abaixo se reproduz:
ResponderEliminar“Incontornável edição clandestina (esforço da vanguarda das associações de estudantes), substancialmente diferente da da Nova Realidade (Tomar, 1966), ganha a importância da perseguição movida contra tudo o que levasse a assinatura de Zeca Afonso. O regime fascista foi sempre muito claro em relação ao Autor de Grândola, Vila Morena: havia que silenciá-lo!”
Antecipadamente grato.