Veio uma carta de longe
Dum amigo de Bragança
Que fugiu daqui a salto
E hoje vive na França
Diz que trabalha na “chaine”
Como uma besta de carga
E que não foi de vontade
Que deixou a pátria amada
Mandou o filho à escola
Onde só fala francês
Quando as saudades apertam
Diz que vai voltar de vez
Mas sabe que o desemprego
É um inimigo real
E assim se vai conformando
Longe da terra natal
O emigra erga a mola
Num país que não é seu
Produz fortunas alheias
Com as mãos que Deus lhe deu
Foto: Zeca em Azeitão - de Inácio Ludgero
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