À sombra do que está
Há quem incline a cabeça
Há quem na vertical
Diga que sim não está mal
Minha tia era
Dessa razão
Dizia humilde contrita
Não subas
Ao parapeito de Judas
E o vendilhão era recto
Não pretendia ser mais
Que um funcionário correcto
Pois na Instrução
O César tinha razão
Só não tinha a tia dele
Verdade diga-se
E sede
Da pura apocalíptica
Depois quem lhe fez a cama
Foi um menino de mama
Poema escrito na prisão de Caxias
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