segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sei Que Não Vens Bater-me à Porta

Sei que não vens bater-me à porta
Nem numa porta cabe o que é preciso
Perdi o gosto e o siso de saber-te morta
Hoje recebo a féria e o Paraíso


O que não foi desenha-me o futuro
- Nem Deus sabe -
De te saber esperando além do muro
Nem minha porta se abre

Só do postigo vejo a vinha
- Quem pisou meu campo cru?
Teu corpo que o adivinha
Teu corpo nu

Cantar de Novo – Zeca Afonso – Nova Realidade


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