quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Baladas de Coimbra - 1962

Discos Rapsódia Lda. (EPF 5.182) gravação Mosteiro de S. Jorge de Milreu, Coimbra músicos Rui Pato fotografia Albano da Rocha Pato texto Albano da Rocha Pato

EP Baladas de Coimbra - 1962 onde pela primeira vez participa Rui Pato​, na época com 16 anos (Rui de Melo Pato nasceu em Coimbra a 5 de junho de 1946)

Rui Pato iria acompanhar Zeca até 1969, altura que a PIDE o impediu de ir até Londres para gravação do álbum "Traz outro amigo também" devido à participação do Rui na Crise Académica de 1969.

Como resultado dessa crise na final da Taça de Portugal no Jamor não houve presença de nenhum elemento ligado ao governo e a RTP não transmitiu a final entre Académica vs Benfica que o Benfica viria a vencer por 2-1 no prolongamento com o inevitável Eusébio a marcar o golo da vitória se faz sentir.

Seria a confirmação do fim da guitarra no acompanhamento, tendo a partir deste EP os acompanhamentos feitos só a viola (já começada nas duas baladas inseridas no disco "Coimbra Orfeon of Portugal" nas canções do Zeca "Minha Mãe e Balada de Aleixo"). Rui gravou com Zeca três EP's, três LP's e um single num total de 50 temas.


Menino d’Oiro

"O tema parece filiar-se em longínquas raízes peninsulares. Tratado pelas mais diversas formas mas conservando a sua origem popular, surge como motivo inspirador dum conhecido fado de Coimbra."

José Afonso

Tenho Barcos, Tenho Remos

"O barco aludido pertencia a uma pequena sociedade constituída por Manuel Pité, António Barahona, António Bronze e José Afonso. Situações vividas pelos quatro, em comunidade perfeita com o mar algarvio, agruparam-se numa espécie de ciclo fraterno representativo de uma das fases mais felizes da vida do autor."

José Afonso

Lago do Breu

"Balada de inspiração Brassens, define simultaneamente um estado de espírito e uma autobiografia, uma crise de consciência (destruição do sentimento de remorso) e um meio social (os prostíbulos do “Terreiro da Erva” ou os seus sucedâneos mais ou menos bem iluminados).

José Afonso

Senhor Poeta

"Complemento noctívago de “Tenho barcos…” Os dois versos Soltam-se as velas / Vamos largar foram intercalados na estrofe com o consentimento de Barahona a fim de ajustarem o conjunto às necessidades da composição musical."

José Afonso

(Meu amor é marinheiro/E mora no alto mar/Seus braços são como o vento/Ninguém os pode amarrar" - Letra de Manuel Alegre inserida com a de António Barahona no tema "Senhor Poeta" Foi a única coisa que Zeca gravou de Manuel Alegre).
Podemos ouvir estes versos na voz de Maria Bethânia aqui: https://youtu.be/xrvRd3E_Xkg )





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