«Não gostei muito do espetáculo do Coliseu. Afinal, vivi muitas situações daquelas, apenas com menos gente»
Mas foi depois deste concerto que os amigos resolveram oferecer-lhe um carro. Um carro em 2ª mão. O carro que Zélia conduzia levando-o de Azeitão-Lisboa para os tratamentos. O carro anterior, um «Peugeot» que, segundo o José Mário Branco, parecia uma peça de museu. Deitava fumo por todos os lados, precisava de ser empurrado para pegar, «era uma máquina diabólica» - dizia Zeca sorrindo, recordando os muitos milhares de quilómetros feitos por esse país fora, cantando em tudo o que era sítio.
O Zé Mário, com outros cantores, compraram-lhe então em 2ª mão, um Renault que funcionava «como as minhas pernas» no dizer do Zeca.
Zeca pode não ter gostado muito do espetáculo do Coliseu mas a solidariedade dos amigos para quem sempre foi solidário, foi um gesto generoso a quem tanto nos deu.
Zeca nunca soube quem foram os amigos que lhe ofereceram o carro.
Fonte: DL de 31 dezembro de 1984 e "Livra-te do Medo" de José A. Salvador
Sem comentários:
Enviar um comentário