"Era um gajo muito bom. Era farol mas também era regaço, era riso mas também era profundidade intelectual. Era o Zeca, pá! (...) era um indivíduo que, para além de extremamente inteligente, era extremamente humilde e de uma grande coragem física e intelectual. E, às vezes, a coragem intelectual é bem mais difícil de sustentar do que a física.
O Zeca era um gajo de uma dádiva total, solidário como ninguém, humilde, capaz de encontrar nas pessoas mais humildes coragem e capacidade de luta que o galvanizavam também a ele. (...) O Zeca era um homem comprometidíssimo com a luta pela liberdade, ia a todas.
Da maneira como se dava na totalidade, participava em tudo e não cuidava de si. Cantava em condições precárias, não tinha tempo para comer, não comia decentemente... "
Carlos Guerreiro in "Esquerda.net"
foto:
Zeca Afonso, em 1980, no espetáculo do 4º aniversário da Cooperativa Nascente, Espinho, com Julio Pereira, Henrique Tabot e Guilherme Inês.
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