LP não editado em Portugal, gravado em 23 de janeiro de 1976 durante um espectáculo realizado em Hamburgo com Francisco Fanhais e José Luís.
Apesar das muito deficientes condições de gravação, é um documento importante que, entre outras coisas, ajuda a compreender a forma como Zeca sempre encarou a sua actividade, dando-lhe acima de tudo um sentido político e social.
Vale, também, por alguns excertos quase antológicos, como seja a quadra popular «Ó meu Portugal tão lindo / Ó meu Portugal tão belo / Metade é Jorge de Brito / metade é Jorge de Melo» (Jorge de Brito e Jorge de MeIo eram tidos, juntamente com António Champalimaud, como os donos dos maiores grupos económicos portugueses até ao 25 de Abril.) ou o aparte em que Zeca pergunta a Fanhais se deve ou não cantar uma determinada estrofe: «Vai a das caralhadas?» (Trata-se de uma quadra popular galega que diz assim: "Viva Lugo, viva Vigo / A Coruña e Pontevedra / Que se vá para o caralho / O cabrão da nossa terra". O cabrão em referência era o ditador fascista Francisco Franco, natural do Ferrol.) A resposta, deduz-se de seguida, foi com certeza afirmativa..
Daqui:
http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/13780.html
Sem comentários:
Enviar um comentário