terça-feira, 19 de maio de 2015

Pedro Barroso

Este Tributo a Zeca Afonso, vive de momentos únicos. De depoimentos de quem foi seu companheiro de estrada, de quem andou com o Zeca em demanda por este país e lá fora, de quem partilhou as suas frustrações e alegrias, o seu espírito de andarilho, a sua simplicidade, as suas emoções.

Pedi a vários companheiros de estrada, que me contassem "estórias" desse tempo de viola às costas. Pedi a colaboração deles, pois este Tributo é de todos aqueles que partilharam a vida com o Zeca.

Zeca foi e continuará a ser a charneira da qual fez surgir o Canto de Intervenção e toda uma geração de cantores que lhe seguiram.
Pedro Barroso é um cantor incontornável dessa geração. "Palmilhou" com Zeca vários pontos do país. Cantou em cima de tratores, em locais sem o mínimo de condições.

Pedi e o Pedro deu-me. Deu-me uma "estória" de um dos momentos.

Obrigado Pedro Barroso e dou-lhe a palavra:

"... sim há muita coisa e tenho "estórias" muito saborosas mas algumas ou já as disse em youtube ou já escrevi sobre elas em vários sítios. Mas recordo-me para lhe oferecer assim de repente, a velha discussão que estava a existir a bordo de uma carrinha sobre as clássicas clivagens revisionismo vs progressismo vs comunismo - muito habituais no pós revolução.
O clima numa viagem todos cansados e birrentos, íamos para o norte nem sei bem onde... e o clima já se estava a toldar e estava a instalar-se uma acidez geral que ele aplacou com sageza - "onde estamos a passar? Leiria? então daqui para cima sou de esquerda e deixem-me dormir!" genial... liminar e tutelar! E calámo-nos todos pois acabava de falar uma figura q todos amávamos e no fundo... imperara o bom senso!"

Neste vídeo Pedro Barroso canta muitos dos seus companheiros dessa estrada que acabou, ou talvez não, enquanto houver trovadores como o Pedro, a revolução não acabará.

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